quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Importância ecológica dos musgos



 Briófitos, termo genérico que se aplica a cerca de 22.000 espécies de plantas pequenas, que crescem geralmente em locais úmidos, sobre o solo, troncos de árvores e rochas. São plantas embrionárias não vasculares (sem vasos condutores) que incluem musgos, hepáticas e antocerotáceas. Todas as espécies de briófitas caracterizam-se pela alternância de gerações.
   Musgos, nome comum de alguns dos membros de uma divisão de plantas distribuídas por todo o mundo. Crescem sobre solo, pedra e cascas de plantas e em turfeiras e riachos rasos. Quase todos são formados por caules e folhas pequenas e delgadas, sem tecido vascular. Carecem de verdadeiras raízes, mas têm uma estrutura filamentosa, chamada de rizóide, encarregada das funções de fixação subterrânea e condução de nutrientes. Os órgãos de reprodução sexual encontram-se no gametófito, que é uma planta de vida independente. Quando é produzida a fecundação, o óvulo cresce e se transforma em esporófito. Este consta de base ou pé, embebido no tecido gametofítico, caules e cápsula terminal que contém numerosos esporos. Estes germinam para formar o gametófito.

·         Por que os musgos são tão pequenos?
Os musgos são plantas terrestres pluricelulares e clorofiladas que apresentam raiz, caule, folhas muito simples e ausência de vasos condutores. Estas características permitem que tenham metabolismo lento e pequeno porte. O seu tamanho varia de 1 a 4 centímetros, embora algumas espécies, em ambientes propícios, cheguem a medir 1 metro. Habitam todas as regiões do mundo. A maioria dos musgos, entretanto, vive preferencialmente em regiões temperadas e tropicais.

·         Como são os musgos?
O corpo dos musgos tem pequenas raízes ou rizóides, que servem para manter a planta fixa ao substrato. Apresenta também um eixo com alguma ramificação, o caulóide, e folhinhas chamadas filóides. Essas estruturas são formadas por uma ou mais camadas de células. Os musgos são considerados vegetais mais complexos do que as algas (talófitas), porém muito mais simples do que os restantes vegetais.
·         O pequeno tamanho dos musgos
Os musgos possuem corpo simples, constituído por células iguais, sem tecidos especializados para a absorção e transporte da água e das substâncias nutritivas para a planta toda. Por isso, o líquido é absorvido pelas células da superfície da planta, passando de uma para outra, junto com os nutrientes. Esse transporte é lento e imperfeito, pois só permite atingir um número reduzido de células, razão pela qual os musgos são tão pequenos.
·         Por que é que os musgos vivem em lugares húmidos?
Como as células não apresentam nenhuma cobertura impermeável, os musgos perdem água facilmente. Quando a planta se desidrata, fica inactiva. Adquire então um aspecto seco e retorcido, muito diferente do habitual. Para evitar esses períodos de inactividade, a maioria dos musgos vive em lugares abundantes em água.
·         Importância dos musgos
Apesar do aspecto modesto, os musgos têm grande importância para os ecossistemas. Juntamente com os líquenes, os musgos foram as primeiras plantas a crescer sobre rochas, as quais desgastam por meio de substâncias produzidas por sua atividade biológica. Desse modo, permitem que, depois deles, outros vegetais possam crescer sobre essas rochas. Daí o seu importante papel nas primeiras etapas de formação dos solos. E uma vez que reduzem o processo erosivo, atuam como reservatórios de água e nutrientes oferecem abrigo a micro-organismos e são viveiros para outras plantas em processo de sucessão e regeneração.

Briófitas
Briófitas (do gergo bryon: 'musgo'; e phyton: 'planta') são plantas pequenas, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.
O corpo do musgo é formado basicamente de três partes ou estruturas:
  • rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
  • cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
  • filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
 
Estrutura das briófitas
 Essas estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes, caules e folhas dos demais grupos de plantas (a partir das pteridófitas). Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes, como a água. Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiras verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.
Devido a ausência de vasos condutores de nutrientes, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.
Acompanhe o raciocínio: se uma planta terrestre de grande porte não possuísse vasos condutores, a água demoraria muito para chegar até as folhas. Nesse caso, especialmente nos dias quentes - quando as folhas geralmente transpiram muito e perdem grande quantidade de água para o meio ambiente -, elas ficariam desidratadas (secariam) e a planta morreria. Assim, toda a planta alta possui vasos condutores.

Hepática 

Mas nem todas as plantas que possuem vasos condutores são altas; o capim, por exemplo, possui  vasos condutores e possui pequeno porte. Entretanto, uma coisa é certa: se a planta terrestre não apresenta vasos condutores, ela terá pequeno porte e viverá em ambientes preferencialmente úmidos e sombreados.
Musgos e hepáticas são os principais representantes das briófitas. O nome hepáticas vem do grego hepathos, que significa 'fígado'; essas plantas são assim chamadas porque o corpo delas lembra a forma de um fígado.
Os musgos são plantas eretas; as hepáticas crescem "deitadas" no solo. Algumas briófitas vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha.

Reprodução das briófitas
Para explicar como as briófitas se reproduzem, tomaremos como modelo o musgo mimoso. Observe o esquema abaixo.
Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo, sãoplantas sexuadas que representam a fase chamada gametófito, isto é, a fase produtora de gametas.
Nas briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados. Em certas épocas, os gametófitos produzem uma pequena estrutura, geralmente na região apical - onde terminam os filoides. Ali os gametas são produzidos. Os gametófitos masculinos produzem gametas móveis, com flagelos: os anterozoides. Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis, chamados oosferas. Uma vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.


Na planta feminina, os anterozoides nadam em direção à oosfera; da união entre um anterozoide e uma oosfera surge o zigoto, que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina. Em seguida, o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada esporófito, isto é, a fase produtora de esporos.

No esporófito possui uma haste e uma cápsula. No interior da cápsula formam-se os esporos. Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido. Cada esporo, então, pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada gametófito.
Como você pode perceber, as briófitas dependem da água para a reprodução, pois os anterozoides precisam dela para se deslocar e alcançar a oosfera.
O musgo verde, clorofilado, constitui, como vimos, a fase denominada gametófito, considerada duradoura porque o musgo se mantém vivo após a produção de gametas. Já a fase denominada esporófito não tem clorofila; ela é nutrida pela planta feminina sobre a qual cresce. O esporófito é considerado uma fase passageira porque morre logo após produzir esporos.  

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